segunda-feira, 2 de junho de 2008

ACRE, FOI.

(Para Valle)

Soaram-me acres suas palavras,
reações aos meus atos que nunca fiz
e que te fizeram acreditar que fiz
ou que assim preferi crer.

Magoado fiquei
e você não menos.

E logo a vida se encarregou de nós,
levou-nos distantes
ainda ralados, doloridos
feito capote de bicicleta.

A poeira então baixou,
a ferida cicatrizou
e deixou sua marca
pra eu nunca esquecer
que quem a fez foi alguém que amei.

Mas um lembrar feliz,
saudoso daquele que me construiu
e desconstruiu a seu gosto
e contragosto.

E sentir, só, vontade
de te ver e dizer:
Amigo, de cá um abraço!

E tomarmos aquela cerveja gelada
no beco do nosso passado.

3 comentários:

Leandro Valle disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Leandro Valle disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Leandro Valle disse...

Amigo,
Eu que tenho exercitado, assim como você o uso das palavras para tentar dizer algo que nem eu às vezes sei dizer, e as faço com meu corpo, e as faço com meus sentimentos-pensamentos, pra encontrar-me. Fiquei agora, sem palavras pra tentar ao menos agradecer de forma humana, esses dizeres. A dedicação de uma dedicatória é a coisa mais pura que um amigo pode oferecer ao outro. Lisonjeado é pouco adjetivo que preenche meu coração de ti. Fostes e eres muito especial em mim. Tu surgiu e sumiu na minha vida assim como estrela cadente, te dei o palco, tu me deu alegria, me deu a mais pura sensação de sentir-se amado, verdadeira e intensamente. Te tive e te tenho como o irmão, mais um especial, fora os meus dois frutinhos lá de SP. Dói e ao mesmo tempo conforta saber que nossos caminhos se cuzaram, e assim rapidinho traçamos outros e mais caminhos distantes, mas não diferentes, porque estamos na busca, e nosso próximo encontro será em breve no mesmo lugar, o nosso. E não mais me desespero, porque agora que te achei, não te perderei, JAMAIS!

carinho,
Vallium...

SIGAM-ME OS BONS!