domingo, 9 de agosto de 2009

INVARIÁVEL

Arrotava felicidade. A vida era presente. Cantava isso a quem quisesse ouvir - quem não quisesse que tapasse os ouvidos. E ria-chorava e tomava conhaque e cerveja e comia coxinha de ontem no bar reles. Jurava que em seu velório celebrariam tal intensidade e beberiam-lhe o corpo em brindes altos da cachaça branca.

Hoje, do sofá, ele sabe. Sim, morreu. Só, esqueceu de deitar-se.

MATAHARI

ACAPULCO, 1974

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