quinta-feira, 30 de outubro de 2008

A NOITE DA CEIA

Toda rabanada será castigada.

Queimarei algodão em galho seco,
dançarei nu
sobre os cacos vermelhos das bolinhas
que minha mãe guarda desde o Natal de 83
e que deixarei cair de cima do guarda-roupas.

Enforcarei meu papagaio com uma corrente de lâmpadas acesas.

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Acordarei por fim de jeans na minha banheira
recoberto com o delicioso chocolate Nestlé.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

SIMPLICIDADE

São seis da tarde. O dia foi quente e interminável. Cláudio segue calmo, guarda-chuva em punho, fechado. Infinitas gotas chuviscam frescas. Ele não entende do que todos se protegem. A chuva é-lhe tão convidativa... Traz-lhe uma alegria pueril.


Noite feliz, noite feliz, ó Senhor, Deus do amor...


Canta alto. E recém é novembro.


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Cenas do próximo capítulo: TAPA.

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