Vejamos:
8,8 h/dia x 5 dias/semana = 44 h/semana
Ou seja, quarenta e quatro horas semanais de trabalho robótico-legislado. Quarenta e quatro horas de estupidez, banalidades e bossalidade intranet. Quarenta e quatro horas de risos contidos quando o chefe não está.
Quarenta e quatro horas.
Tudo para ganhar depois de cento e setenta e seis horas um salário que será rateado para todos os seus satisfeitores de vontades. Consumismo glório-santo-propagado pelo eletrodoméstico de plasma pendurado na parede da sala, o qual resta dezoito prestações com juros de um e meio por cento ao mês a pagar.
É matemática básica, pura e simples.
Mas a merda toda se dá quando você não consegue mais um papo extraempresarial. E se pega pensando meia hora antes de passar seu crachá “Hoje tenho uma reunião às uma e meia”. ÀS UMA E MEIA. O caso agora é Português. Cadê todo o conhecimento adquirido, todos os livros lidos e vocabulário desenvolvido?
Quedê?
Tudo anulado pelo convívio despreocupado com os desprovidos.
Então estabelece-se o crítico. Caos. Oito graus na escala Richter. Comer de colher já te é comum. Deus! Alguém?
Ai meu fígado, isso nem dói mais...
Porque agora você vive num casulo. Com sorte seu comprometimento te levará pro trabalho nos domingos também. E você se aposentará e poderá então viver sua vida...
Vida!
Quero a minha agora... traz o conhaque que eu levo a cerveja!
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Cenas do próximo capítulo: DE VERGONHA ME ESCONDA.
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